Prólogo ao Folheto do Voinov (A. V. Lunatchárski) Sobre a Atitude do Partido Diante dos Sindicatos

V. I. Lênin

Novembro de 1907


Primeira Edição: Escrito em novembro de 1907. Publicado, pela primeira vez, em 1933, na Recopilação Leninista, t. XXV. Encontra-se in Obras, t. XIII, págs. 141/148.
Fonte: Editorial Vitória Ltda., Rio, novembro de 1961. Traduzido por Armênio Guedes, Zuleika Alambert e Luís Fernando Cardoso, da versão em espanhol de Acerca de los Sindicatos, das Ediciones em Lenguas Extranjeras, Moscou, 1958. Os trabalhos coligidos na edição soviética foram traduzidos da 4.ª edição em russo das Obras de V. I. Lênin, publicadas em Moscou pelo Instituto de Marxismo-Leninismo, anexo ao CC do PCUS. As notas ao pé da página sem indicação são de Lênin e as assinaladas com Nota da Redação foram redigidas pelos organizadores da edição do Instituto de Marxismo-Leninismo. Capa e planejamento gráfico de Mauro Vinhas de Queiroz. Pág: 204-211.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.
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O trabalho do camarada Voinov sobre a atitude do Partido Socialista do proletariado em relação aos sindicatos pode suscitar muitas interpretações deformadas. Isso ocorre por duas razões: em primeiro lugar, empenhado na luta contra uma compreensão estreita e não exata do marxismo, contra a falta de desejo de levar em consideração as novas exigências do movimento operário e de estudar o tema com mais amplitude e profundidade, o autor frequentemente se expressa em termos excessivamente abstratos. Combate a ortodoxia — claro que uma ortodoxia entre aspas, isto é, uma falsa ortodoxia — ou a social-democracia alemã em geral, em aspectos nos quais seus ataques, na realidade, se referem somente a vulgarizadores da ortodoxia, somente à ala oportunista da social-democracia. Em segundo lugar, o autor escreve para o público russo, sem quase prestar atenção às diferentes nuanças ao colocar à base da realidade da Rússia as questões examinadas. Existe um abismo entre o ponto de vista do camarada Voinov e as opiniões dos sindicalistas, mencheviques e socialistas-revolucionários russos. Mas o leitor pouco atento ou pouco escrupuloso pode prender-se a algumas frases ou ideias de Voinov, aproveitando-se de que o autor levou em conta, de maneira direta e fundamental, os franceses e italianos, sem se propor a tarefa de deslindar os campos onde pulula toda espécie de trapalhões russos.

Como exemplo desses últimos citaremos, ao acaso, os socialistas-revolucionários. No número cinco de Znamia Trudá os socialistas-revolucionários afirmam, com a habitual desfaçatez: “A Internacional Socialista aprovou o ponto de vista sobre o movimento sindical que nós(!) sempre defendemos (!)”. Vejamos a Coleção de Artigos, n.° 1 (1907) da editorial Nasha Misl. O senhor Victor Tchernov reprova Kautsky, silenciando sobre a resolução do Congresso de Mannheim e sobre a luta de Kautsky contra os neutralistas oportunistas! O artigo de Kautsky, contra o qual se lança o opositor esserrista, foi escrito às vésperas do referido Congresso. Em Mannheim, Kautsky lutou contra os neutralistas. A resolução de Mannheim “abre uma brecha considerável na neutralidade dos sindicatos” (expressão de Kautsky no artigo sobre o Congresso de Mannheim, publicado em Neue Zeit, de 6 de outubro de 1906). E eis que em 1907 aparece um crítico com ares de revolucionário qualificando Kautsky de “grande dogmático e pesquisador do marxismo” e acusando-o — fazendo côro com os neutralistas oportunistas! — de rebaixar tendenciosamente o papel dos sindicatos, de pretender “subordiná-los” ao Partido, etc. Se acrescentamos a isso que os esserristas defenderam sempre a independência dos sindicatos em relação ao Partido e que já no número 2 de Znamia Trudá (12 de julho de 1907) lemos em editorial: “A propaganda do Partido deve ser feita fora do sindicato” aparece bem nítida diante de nós toda a fisionomia do revolucionarismo dos esserristas.

Quando Kautsky lutou contra o neutralismo oportunista e desenvolveu e aprofundou a teoria do marxismo, fazendo os sindicatos avançarem para a esquerda, esses senhores cobriram Kautsky de impropérios, repetindo os conceitos dos oportunistas e prosseguindo na defesa da independência dos sindicatos com respeito ao Partido, escudados em sua campanha difamatória. Quando esse mesmo Kautsky fez com que os sindicatos avançassem ainda mais para a esquerda, corrigindo em Stuttgart a resolução de Beer e destacando nesta resolução as tarefas socialistas das trade-unions, os senhores socialistas-revolucionários puseram-se a gritar: A Internacional Socialista aprovou nosso ponto de vista!

É justo perguntar: tais atitudes são dignas de membros da Internacional Socialista? Por acaso uma tal crítica não é prova de falta de princípios, prova de descaramento?

Entre os social-democratas, o ex-revolucionário Plekhanov, altamente considerado pelos liberais, é modelo de falastrão. No prólogo ao folheto Nós e Eles, afirma com auto-suficiência inigualável e incomparável: A resolução de Stuttgart (sobre os sindicatos), com minha emenda, retira o significado da resolução de Londres (do Congresso de Londres do POSDR). Provavelmente, muitos leitores, ao ouvir essa afirmação de nosso magnífico Narciso, acreditarão que em Stuttgart a luta se desenvolveu precisamente em tômo da emenda de Plekhanov e que, em geral, a emenda se revestia de séria importância.

Na realidade, a emenda (“é preciso sempre levar em conta a unidade da luta econômica”) não tinha nenhuma importância séria, nem sequer se referia à essência das questões submetidas a litígio em Stuttgart, à essência das divergências no socialismo internacional.

Na realidade, a alegria de Plekhanov por causa de “sua” emenda tem um sentido muito vulgar: desorientar os leitores distraindo-lhes a atenção das questões realmente litigiosas do movimento sindical e disfarçar a derrota da ideia do neutralismo em Stuttgart.

O Congresso de Estocolmo do POSDR (1906) em que triunfaram os mencheviques, pregou a neutralidade dos sindicatos. O Congresso de Londres do POSDR manteve outra posição, proclamando a necessidade de infundir nos sindicatos um espírito partidário. O Congresso Internacional de Stuttgart aprovou uma resolução que “acaba para sempre com a neutralidade”, como justamente se expressou K. Kautsky(1). Na comissão do Congresso de Stuttgart, Plekhanov defendeu a neutralidade, fato a que se refere Voinov detalhadamente. E Clara Zetkin, no órgão do movimento operário feminino da Alemanha Die Gleichheit, escreve que “Plekhanov tentou, com argumentos bastante infelizes, justificar certa limitação deste princípio"(2) (isto é, do princípio da aproximação mais estreita entre os sindicatos e o Partido).

Desse modo, pois, o princípio da neutralidade defendido por Plekhanov sofreu um fiasco. Os social-democratas revolucionários alemães reconheceram que os argumentos de Plekhanov são “infelizes”. Mas ele, admirado de si próprio, afirma: Aceitaram “minha” emenda, e a resolução de Londres perde o significado...

Sim, sim, em compensação, o espalhafato à Nozdriov(3) do socialista considerado pelos liberais não perde, pelo visto, nem um pingo de seu significado.

O camarada Voinov, na minha opinião, não tem razão quando diz que os ortodoxos alemães consideram perniciosa a ideia do assalto e que a ortodoxia “assimilou a todo o espírito do novo economismo”. Não se pode dizer isso de Kautsky, e o próprio camarada Voinov reconhece a justeza das concepções de Kautsky. O próprio camarada Voinov, ao censurar os alemães “por terem falado muito pouco do papel dos sindicatos como organizadores da produção socialista” recorda em outro lugar a opinião de Liebknecht pai, que reconhecia este papel com frases do mais acentuado destaque. Também em vão o camarada Voinov deu crédito a Plekhánov quando esse disse que Bebel havia silenciado adrede sobre a revolução russa em seu discurso de saudação e que Bebel não quis falar da Rússia. Essas palavras de Plekhanov foram, simplesmente, uma grosseira anedota de um socialista profundamente considerado pelos liberais, e não haveria razão para levá-las a sério nem um só instante; tampouco deveria ter-se admitido a possibilidade de que estas palavras contivessem ao menos um mínimo de verdade.

Eu, de minha parte, posso testemunhar que durante o discurso de Bebel, Van-Kol, representante da ala direita dos socialistas, que estava sentado ao meu lado na mesa presidencial, acompanhava atento o discurso de Bebel para comprovar se fazia referência à Rússia. E quando Bebel acabou de falar, Van-Kol expressou-me sua surprêsa; não duvidava (como não o duvidava nenhum membro sério do Congresso) de que Bebel se esquecera da Rússia por casualidade. Os melhores e mais hábeis oradores padecem de falhas. Qualificar de “significativa” essa omissão do velho Bebel por parte do camarada Voinov é, em minha opinião, extremamente injusto. Igualmente injusto é falar em termos gerais do "atual” Bebel oportunista. Não há motivos para semelhante conclusão.

Mas para não suscitar interpretações errôneas, direi imediatamente que, se alguém tentar utilizar essas expressões do camarada Voinov contra os social-democratas revolucionários alemães, isso equivaleria a arrancar de um conjunto de ideias, sem nenhum escrúpulo, algumas palavras soltas. O camarada Voinov demonstrou suficientemente, no curso de todo seu folheto, que está ao lado dos marxistas revolucionários alemães (como Kautsky) e que junto com eles se esforça por eliminar os velhos preconceitos, os lugares-comuns oportunistas e a presunção míope. Por isso, eu próprio me solidarizei em Stuttgart com o camarada Voinov no essencial e agora solidarizo-me com todo o caráter de sua crítica revolucionária. Tem mil vezes razão quando diz que, hoje, é preciso aprender não somente com os alemães, mas também com a experiência vivida pelos alemães. Apenas as pessoas ignorantes, que ainda não aprenderam nada com os alemães e que portanto desconhecem o a-bê-cê, podem deduzir disto que há “divergência” no seio da social-democracia revolucionária. Devemos criticar, sem medo e abertamente, os erros dos líderes alemães, se queremos ser lieis ao espírito de Marx e ajudar os socialistas russos a se colocarem à altura das tarefas atuais do movimento operário. Não há dúvida que Bebel se equivocou também em Essen, quando defendeu Noske, quando afirmou que existe diferença entre guerra defensiva e ofensiva, quando combateu o comportamento dos “radicais” na luta contra Van-Kol, quando negou (junto com Singer) o fracasso e o caráter errôneo da tática da delegação alemã em Stuttgart. Não devemos ocultar esses erros, mas mostrar, em face deles, que os social-democratas russos devem aprender a evitá-los, devem satisfazer certas exigências mais rigorosas do marxismo revolucionário. E que os anarquistas e sindicalistas, os liberais e os esserristas russos não tentem congratular-se maliciosamente em virtude de nossa crítica a Bebel. Diremos a estes senhores: as águias às vezes voam mais baixo que as galinhas, porém jamais as galinhas poderão elevar-se mais alto que as águias!

Há dois anos e pouco o senhor Struve, que então defendia a revolução, que então escrevia sobre a necessidade de ações revolucionárias abertamente, sem reservas, que então garantia que a revolução devia chegar ao poder, esse mesmo senhor Struve escrevia no número 71 de Osvobojdenie, editado no estrangeiro:

“Em comparação com o revolucionarismo do senhor Lênin e de seus camaradas, o revolucionarismo da social-democracia europeu-ocidental de Bebel, e inclusive de Kautsky, é oportunismo”.

Respondi então ao senhor Struve:

“Onde e quando pretendi eu criar na social-democracia internacional uma tendência especial, não idêntica à de Bebel e Kautsky?”. (Duas Táticas, pág. 50 da edição russa).

No verão de 1907 tive ocasião de assinalar, num folheto sobre o boicote à terceira Duma, que seria inteiramente falso identificar o bolchevismo com o boicote sistemático ou com a luta armada permanente.

Agora, quanto à questão dos sindicatos, é necessário igualmente observar, de maneira terminante, que o bolchevismo aplica a tática da social-democracia revolucionária em todas as esferas da luta, em todos os campos da atividade. O bolchevismo não se diferencia do menchevismo porque o primeiro “negue” o trabalho nos sindicatos ou nas cooperativas, etc, e sim porque o primeiro segue outra orientação no trabalho de propaganda, de agitação e de organização da classe operária. Agora, a atividade dentro dos sindicatos adquire, sem dúvida, enorme importância. Em oposição ao neutralismo dos mencheviques, devemos desencadear esta atividade com espírito de aproximar os sindicatos ao Partido, do desenvolvimento da consciência socialista e da compreensão das tarefas revolucionárias do proletariado. Na Europa ocidental, o sindicalismo revolucionário foi em muitos países um resultado direto e inevitável do oportunismo, do reformismo e do cretinismo parlamentar. Em nosso país, os primeiros passos da “atividade da Duma” acentuaram também em enormes proporções o oportunismo, levaram os mencheviques ao servilismo diante dos democratas-constitucionais. Plekhánov, por exemplo, em seu trabalho político prático mistura-se de fato com os senhores Prokopóvitch e Kuskova. Em 1900, combateu-os por seu bernsteinianismo, por contemplarem apenas a “traseira” do proletariado russo (Vademecum para a redação de Rabotcheie Dielo, Genebra, 1900). Em 1906/1907, as primeiras cédulas eleitorais atiraram Plekhánov nos braços desses senhores, que agora contemplam “a traseira” do liberalismo russo. O sindicalismo tem que, forçosamente, desenvolver-se em terra russa como uma reação contra essa vergonhosa conduta de “eminentes” social-democratas.

Por isso, o camarada Voinov mantém-se com toda justeza em sua linha, conclamando os social-democratas russos a aprenderem com o exemplo do oportunismo e com o exemplo do sindicalismo. O trabalho revolucionário nos sindicatos, a passagem do centro de gravidade dos truques parlamentares para a educação do proletariado, para a coesão de organizações puramente de classe e para a luta extraparlamentar, a capacidade de utilizar (e a preparação das massas para que possam utilizar com êxito) a greve geral, bem como as “formas de luta de dezembro” na revolução russa, tudo isso é colocado com força extraordinária, como tarefa da orientação bolchevique. E a experiência da revolução russa facilita-nos esta tarefa em enormes proporções, dá-nos valiosíssimas indicações práticas, brinda-nos com um copioso material histórico, que permite avaliar de modo mais concreto os novos meios de luta, a greve de massas e o emprego da violência direta. Esses meios de luta não são “novos”, nem para os bolcheviques russos, nem tampouco para o proletariado russo. São “novos” para os oportunistas, que no Ocidente pretendem a todo custo apagar da memória dos operários a Comuna, e, na Rússia, as jornadas de dezembro de 1905. A tarefa de manter vivas tais recordações, de estudar cientificamente essa grande experiência(4) e de difundir entre as massas os ensinamentos dela e a convicção de que é inevitável que essa experiência se repita em nova escala, essa tarefa dos social-democratas revolucionários da Rússia abre diante de nós perspectivas incomparavelmente mais ricas de conteúdo do que o “antioportunismo” e o “antiparlamentarismo” unilateral dos sindicalistas.

Contra o sindicalismo, como tendência peculiar, o camarada Voinov formula quatro acusações (pág. 19 e seguintes de seu folheto), que demonstram claramente a falsidade dele:

  1. “confusão anárquica em matéria de organização”;
  2. hipertensão nervosa dos operários em lugar de criar uma sólida “fortaleza da organização de classe”;
  3. traços individualistas pequeno-burgueses do ideal e da teoria proudhoniana;
  4. absurda “aversão à política”.

Nisto há muitos traços de afinidade com o velho “economismo” de uma parte dos social-democratas russos. Por isso, eu não sou tão otimista quanto o camarada Voinov relativamente ao fato de que os economistas que se passaram para o sindicalismo “se reconciliem” com a social-democracia revolucionária. Creio também que não existe nenhum sentido prático nos projetos do camarada Voinov relativos a um “Conselho Operário Geral” como superárbitro, do qual participem os esserristas. É um amálgama da “música do futuro” com as formas orgânicas do presente. Mas não temo em absoluto a perspectiva do camarada Voinov:

“subordinação das organizações políticas à organização social de classe”... “unicamente quando (continuo citando o camarada Voinov e grifo as palavras essenciais)... sejam socialistas todos os associados dos sindicatos”.

Já agora o instinto de classe das massas proletárias começou a manifestar-se com toda a força na Rússia. Agora, esse instinto de classe já proporciona enormes garantias tanto contra a imprecisão pequeno-burguesa dos esserristas, como contra o servilismo dos mencheviques diante dos democratas-constitucionalistas. Agora, já podemos dizer sem medo de errar que a organização operária de massas na Rússia (se fosse criada, e sempre que se crie por um momento em ocasião de certas eleições, de greves, de manifestações, etc) estará seguramente muito mais próxima do bolchevismo, da social-democracia revolucionária.

O camarada Voinov qualifica, com toda a razão, de empresa “nada séria” a aventura do “congresso operário”. Trabalharemos com energia nos sindicatos, trabalharemos em todos os terrenos para difundir a teoria revolucionária do marxismo entre o proletariado e para criar a “fortaleza” da organização de classe. O resto virá como consequência.


Notas de rodapé:

(1) Vorwärts, 1907, n.° 209, Beilage (Avante, 1907, n.° 209, Suplemento. Nota da Redação), informe de Kautsky diante dos operários de Leipzig sobre o Congresso de Stuttgart. Veja-se no Calendário Para Todos de 1908, editorial Zioma (Germes) pág. 173, o meu artigo sobre o Congresso Socialista Internacional de Stuttgart. (V.I.Lênin, O Congresso Socialista Internacional de Stuttgart. Nota da Redação) (retornar ao texto)

(2) Veja-se o Calendário Para Todos, pág. 173, bem como a recopilação Zarnitsy (Claros) (São Petersburgo, 1907), onde aparece traduzido por inteiro o texto deste artigo de Die Gleichheit [A Igualdade]. (retornar ao texto)

(3) Nozdriov: personagem da obra de Gogol As Almas Mortas; tipo de latifundiário arruaceiro e trapaceiro. (retornar ao texto)

(4) É natural que os democratas-constitucionalistas estudem agora com todo o cuidado a história de ambas as Dumas. É natural que vejam nas baixezas e traições do liberalismo à Roditchev e à Kutler um modelo de iniciativa criadora. É natural que falseiem a história, silenciando suas negociações com a reação, etc. Mas não é natural que os social-democratas não estudem com afã a experiência dezembro de 1905, embora cada jornada desse período tenha tido cem vezes mais importância para os destinos de todos os povos da Rússia e, em particular, para a classe operária, do que as perorações de Roditchev na Duma fazendo alarde de "lealdade". (retornar ao texto)

Inclusão 24/03/2015