Uma prova de fogo

Fidel Castro

30 de abril de 2008


Fonte: Fidel Castro Soldado de las Ideas -

Transcrição e HTML: Fernando Araújo.


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Enquanto nosso povo no dia 1 de maio, Dia do Trabalho, desfruta com júbilo o ano no qual se completa meio-século do triunfo da Revolução e comemora-se o setenta aniversário da criação da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), à irmã República da Bolívia, que se esforça para preservar a saúde, a educação e garantir a segurança de seu povo, faltam apenas dias, ou talvez horas, para que sofra episódios dramáticos.

Quando de todas as partes do mundo chegam notícias arrepiantes a respeito da escassez e do custo dos alimentos, do preço da energia, das mudanças climáticas e da inflação, problemas que pela primeira vez apresentam-se em uníssono como questões vitais, o imperialismo põe todo seu empenho para desintegrar a Bolívia e submetê-la ao trabalho alienante e à fome.

Nesse país, com os oligarcas de Santa Cruz à frente, quatro de seus departamentos, dos mais fortes economicamente, desejam se declarar independentes e projetaram, com o apoio do império, seu programa de consultas populares, nas quais os meios de comunicação em massa prepararam o terreno e a opinião daqueles que têm direito ao voto com todo tipo de ilusões e de enganos.

As Forças Armadas, em virtude de suas funções históricas em um país agredido e despojado do mar e de outros recursos vitais, não desejam a desintegração da Bolívia; contudo o plano ianque, perfidamente concebido, é utilizar alguns setores militares antipatriotas para se libertar de Evo em favor da unidade, algo que quando as multinacionais se apropriarem dos ramos produtivos básicos, seria simplesmente formal. A divisa do imperialismo é castigar e eliminar Evo.

É a altura de denunciar e dizer a verdade.

Por não prever e meditar sobre os fatores que conduziam a uma profunda crise internacional, salve-se quem puder!, parece ser o clamor que é escutado em muitas partes do mundo.

Para os povos e governos da América Latina será uma prova de fogo. Para nossos médicos e educadores, qualquer coisa que aconteça no país onde desempenham seu nobre e pacífico trabalho, também o será. Eles, perante situações de perigo, não abandonarão seus pacientes e alunos.


Inclusão: 11/01/2020