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Alexandre Feio dos Santos Babo
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Obras disponíveis

Nascido em Lisboa, em 1916, entra para a faculdade de direito em 1933 e em 1936 ingressa na Maçonaria, militando na Acção Anticlerical e Antifascista, onde luta contra o salazarismo. Em 1941, funda as Edições Sirius. A partir de 1943 filia-se no PCP, tendo entrado também no Socorro Vermelho, organização ligada à Internacional Comunista.

Como advogado, defende presos políticos no Tribunal Plenário do Porto. Em 1948-1949 faz parte do MUD (Movimento de Unidade Democrática), a oposição momentaneamente legalizada e da campanha de apoio ao general Norton de Matos à presidência da república, na região do Porto. Co-fundador do Teatro Experimental do Porto, sai deste para ajudar a lançar em 1960 o Teatro Moderno, também na mesma cidade. Escreve dramaturgia desde 1951, com relevo para a " Estrela para um epitáfio " (1961) e " Jardim Público " (1972).

Em 1960, torna-se correspondente do "Jornal de Notícias" em Londres e também colabora com a BBC. De regresso funda, no ano de 1964 em Lisboa, O Palco Clube de Teatro. No ano seguinte começa o exercício da advocacia em Lisboa, ao mesmo tempo que continua a escrever ficção, teatro e a fazer jornalismo e tradução. Algumas das suas obras foram censuradas pelo Estado Novo. Em 1973 é co-fundador da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE) e já depois do "25 de Abril", em 1977, torna-se sócio honorário e cooperante dessa mesma sociedade. É co-fundador da Liga Para o Intercâmbio Cultural Social Científico com os Povos Socialistas e da Associação Portugal-URSS. Ajudou a fundar a Associação Portugal-RDA, da qual foi secretário-geral, até à reunificação alemã, à qual, conforme disse o seu amigo e camarada Urbano Tavares Rodrigues (escritor e jornalista português), se entregou de “alma e coração”.

Em Novembro de 2007, no telegrama enviado à família, o Secretariado do Comité Central do PCP expressa o seu profundo pesar pelo falecimento não só do «camarada e amigo Alexandre Babo, militante comunista, participante activo na vida e luta do PCP», como do destacado intelectual, profundamente ligado à luta pela construção do Portugal de Abril e pela amizade com os povos de todo o mundo», que «permanecerá como exemplo». Ao seu funeral, entre outras personalidades, compareceram José Casanova e Jerónimo de Sousa (ambos membros do PCP), Luís Francisco Rebelo, Pezarat Correia, Silas Cerqueira e Modesto Navarro.

1975 República Democrática Alemã - Sociedade Socialista Avançada

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Abriu o arquivo: 16/02/2015